domingo, 11 de março de 2012

O filho pródigo.

 
             Gente, esse Evangelho é de ontem mas como é um Evangelho tão rico de lições humanas, resolvi trazer ele para refletir hoje...

      "Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”.
3Então Jesus contou-lhes esta parábola: 11“Um homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. 13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada.
14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queira matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.
17Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome’. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.
20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. 21O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.
22Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.
25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.
28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’.
31Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado”’.

       Eu acho essa parábola magnífica, porque através dela Jesus fala de sentimentos tão diferentes, tão opostos e tão humanos... Podemos nos colocar aí no lugar de 3 pessoas distintas e nos perguntar, qual dessas pessoas está predominando em nossa vida e sobretudo, qual sentimento tem guiado nossas ações no dia a dia. Em primeiro plano vemos a figura do pai...Aquela pessoa que movido pelo amor e pela misericórdia, recebe seu filho de braços abertos. Ele não pergunta, não acusa, apenas recebe. E recebe de coração, corpo e alma abertos. Prepara para aquele filho que tanto o machucou, o que de melhor havia em sua casa para recebê-lo. Nos dá uma bela lição de humildade, de compaixão e de amor ao próximo...Mesmo quando aquele próximo não é para nós o que gostaríamos que ele fôsse... Depois vemos o filho que partiu, movido pela ganância, pelo poder e pela vontade de ter e de ser mais. A primeira tendência nossa é de condená-lo e de criticá-lo, mas aí, no meio de tanta besteirada que ele fez, conseguimos nos deparar com um gesto de pura nobreza. Quando a dura realidade bateu em sua porta e ele não mais pôde contar com a ilusão que o dinheiro e o poder proporcionava, ele reconheceu o seu erro e teve a humildade de voltar e pedir perdão. E ele voltou pedindo para ser tratado não como um filho mas como um simples empregado de seu pai, mas se deparou com a presença amorosa de quem ele havia traído e decepcionado. E em terceiro plano vemos o irmão, que sempre se valeu da retidão, da sua conduta idônea e da sua fidelidade para conquistar um lugar de destaque na vida  de seu pai. Naquele momento esse irmão tão correto foi dominado por sentimentos de rancor, de inveja e de ressentimento. Quantas vezes, também nós, agimos como esse irmão ressentido... Quando alimentamos uma situação de discórdia, quando condenamos o outro sem pena, quando tentamos nos sobressair sobre a desgraça alheia, quando nos ressentimos e temos dificuldade de perdoar, também estamos sendo esse irmão. Tenho plena convicção de que todos nós em algum momento da vida passamos pela experiência de ser o pai amoroso, o filho pródigo e o irmão. Peçamos a Deus, porém, a graça de sermos cada vez mais a figura daquele pai que recebe, se alegra e perdoa, sem olhar para trás. Que possamos ter a humildade do filho pródigo que diz: Pai eu pequei contra Deus e contra ti...reconheço o meu erro e venho te pedir perdão". E que possamos, a exemplo do irmão, cultivar o amor, o respeito e a fidelidade, mas, que façamos isso sem esperar retribuições, elogios ou agradecimentos. Desta forma estaremos semeando uma vida melhor!!Beijo. Carla.

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