“Escuta Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente e com todas as tuas forças. E o segundo mais importante é este: Amarás próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento mais importante do que esses dois” (Marcos 12,29-31).
Como nossa vida seria melhor se seguíssemos esses dois mandamentos. Não precisaríamos de mais nada porque todos os sentimentos mais nobres estão dentro desses dois. Mas o amor que Jesus fala aqui não é aquele amor hipócrita, de quem diz que ama mas se coloca sempre em primeiro plano. O amor aqui é o amor- doação, o amor-caridade, o amor compaixão, o amor genuíno.
Para João não é possível amar a Deus – que não vemos – se não amarmos o nosso próximo que vemos. Se assim for, não passamos de mentirosos, porque Deus Pai é amor e, quem O ama, deve amar também o irmão. Logo, os dois mandamentos se abraçam e se completam. Esse é o modelo que o próprio Evangelho nos apresenta na relação amistosa entre Jesus e o escriba, pois ambos se elogiam reciprocamente. Nisso consiste o amor: no reconhecimento de uma recíproca igualdade e numa mútua e perpétua fidelidade.
Peçamos a Deus que possamos cada vez mais exercitar a fé e o amor à ele, em todos os momentos, principalmente nos momentos de dificuldade e provaçõe, quando a nossa tendência é questioná-lo e culpá-lo. Mas peçamos sobretudo que ele nos capacite para o amor ao próximo, que nem sempre é o próximo que gostaríamos de ter ao lado. Na maioria das vezes é aquele próximo imperfeito, egoísta, reclamão, enfim, humano como nós!!! Afinal, Deus nos ama com todas as nossas imperfeições e com todos os nossos defeitos e só nos pede que nos esforcemos para agir com o próximo assim como ele age conosco... Esse é um verdadeiro desafio quaresmal...
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